Idealização, sofrimento e Los Hermanos
- Flávia Rezende dos Reis
- 26 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de mai.

Você já se pegou pensando "e se eu tivesse feito isso ou aquilo?" ou "e se eu tivesse sido isso ou aquilo?"?
Pois saiba que podemos sofrer (e muito) pelo que idealizamos ser, ter sido e quanto mais elevada essa idealização, mais sofrimento. No entanto, quanto mais a idealização se aproxima daquilo que é possível, real, menos tendemos a sofrer na relação com nós mesmos e com outros.
A idealização pode tanto nos paralisar se excessiva, quanto nos mobilizar para nossos desejos se mais próxima de nossas possibilidades reais.
“(...) e se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Ah, tanto faz e o que não foi não é e eu sei que ainda vou voltar mas eu quem será?”

Quem você seria se não fossem seus erros, seus acertos, os caminhos que escolheu e também aqueles que não escolheu trilhar mas se apresentaram em sua vida?
“Ah, ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão. Ah, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição.”
A condição de ser é a condição do poder mas não poder tudo, de querer mas não ter tudo. Tudo é muita coisa e a realidade do "tudo" que se espera também contém alguma falta, algum vazio, por mais que se acredite que não.
Alguma falta e algum vazio são onipresentes.
Sendo assim, resta-nos a opção de aprender a lidar com eles, com nossa idealização.
É o que nos resta e está longe de ser pouco e a psicoterapia pode nos ajudar a aprender a lidar de forma mais leve.
Vamos? Flávia Rezende - Psicóloga Clínica www.flaviarezendepsi.com




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